Quais são os assuntos que costumam motivar brigas conjugais? Como encerrar esses conflitos?

Brigas conjugais apresentam um elemento em comum: o choque de individualidades.

Basta você se lembrar de algumas situações de conflito para enxergar: casais brigam porque possuem pontos de vista diferentes.

Têm necessidades, gostos e interpretações particulares da vida.

Logo, é natural que mesmo um casal em perfeita sintonia tenha seus ruídos de comunicação.

Na verdade, isso é até saudável, já que significa que as partes não estão se anulando.

Mas brigas conjugais rotineiras — ou aquelas eternas discussões que não levam a lugar algum — incomodam e deterioram qualquer relacionamento!

Então, vamos olhar mais de perto: onde essas diferenças se evidenciam?

Quais são os assuntos que costumam ser a pauta de brigas conjugais?

Será que podemos evitá-las — ou “vencê-las”?

Continue lendo e descubra!

 

As principais causas para brigas conjugais

Brigas conjugais

Quando as pessoas passam a conviver, trazem consigo toda a bagagem de quem são.

Suas experiências passadas, seu perfil de comportamento, sua educação familiar, suas expectativas para o relacionamento.

Definir as causas para brigas conjugais passa pelo entendimento de como essa bagagem — e planos futuros — se encaixa (ou não) no presente.

Experimente avaliar se os conflitos estão relacionados aos motivos listados a seguir.

 

1. Comunicação

Falar, e não ouvir. Ou ouvir, e não falar.

Para muitas pessoas é natural enxergar, no silêncio do outro, uma ofensa. Ou sinal de que venceram a disputa de opiniões.

No sentido oposto, quem tem mais dificuldade para revelar seus sentimentos e argumentos, acaba ressentido. Ou tão “dono da razão” que prefere poupar o esforço de continuar o diálogo.

Mas o fato é que, embora certas características sejam difíceis de mudar, nossa comunicação não é uma habilidade estática. Podemos desenvolvê-la, conforme aprendemos a torná-la mais útil.

Há duas estratégias que devem ser consideradas por aqueles que veem no estilo de comunicação as causas de suas brigas conjugais:

 

Empatia

Fala-se tanto sobre esse tema, mas você sabe por que é importante termos empatia?

Basicamente, porque ela corresponde à sabedoria da escuta e de entender o outro.

Efetivamente ouvir e compreender o outro pode soar desafiador.

Mas, com a prática — ainda mais com uma pessoa tão amada — se torna uma escolha prazerosa.

As discussões ficam mais inteligentes, as soluções dos conflitos são mais óbvias e muito desgaste emocional é evitado.

 

Assertividade

É possível que, em sua vida profissional, você já tenha descoberto quais os benefícios da assertividade.

Mas já tentou usar essa estratégia em sua comunicação no casamento?

Muitas brigas conjugais acontecem, justamente, porque as pessoas não são claras sobre o que desejam. Não determinam seus limites e expectativas.

Ser assertivo, por outro lado, equivale a compreender que o outro não é capaz de ler sua mente para saber o que o magoa ou agrada!

Para evitar desentendimentos, portanto, opte por ser mais objetivo e transparente sobre suas percepções.

 

2. Dinheiro

Brigas conjugais

Problemas financeiros incitam brigas conjugais porque, nessa situação, as pessoas se sentem vulneráveis. Percebem sua segurança, conforto e planejamento em risco.

Em resumo, falta de dinheiro causa estresse. E isso acaba se refletindo no convívio.

Se o casal discorda sobre pontos a economizar e prioridades a manter, os conflitos podem ser tão frequentes que acabam minando a relação.

O simples fato de pessoas terem necessidades e preferências distintas (que determinam o uso do dinheiro) pode provocar muito atrito.

O que para uns é supérfluo, para outros pode ser sinônimo de identidade e autoestima.

 

Como resolver?

Conta conjunta, debate honesto sobre o orçamento e, principalmente, negociações.

É importante também que dentro do orçamento familiar, cada cônjuge tenha uma quantidade de recursos que possa ser gasto sem necessidade de se justificar.

O limite para os gastos pessoais fica mais claro quando há uma conversa franca sobre o impacto dessas escolhas em outros desejos e sonhos do casal (evitar dívidas, ter filhos ou planejar as férias, por exemplo).

Use as habilidades da comunicação assertiva e empática para, juntos, estabelecerem compromissos e flexibilidades.

 

3. Sexo

É bastante comum que os impulsos sexuais dos cônjuges sejam diferentes.

Afinal, a libido também está relacionada ao que ocorre no cotidiano de cada um.

Quando estamos muito preocupados, tristes ou sobrecarregados, por exemplo, é natural que a libido caia.

O problema é que essa noção nem sempre é clara.

E falta de disposição para o sexo pode ser interpretada como ausência de interesse — ou, por outro lado, a insistência pode ser percebida como insensibilidade.

 

Qual a solução?

A primeira medida é não transformar o assunto em tabu.

Intimidade pressupõe abertura para questionamentos (muito diferente de acusar ou alimentar suspeitas infundadas).

Busque entender o que seu cônjuge está sentindo ou as dificuldades pelas quais está passando.

Outra sugestão é não esperar que o sexo encontre momento espontâneo em meio ao dia a dia atribulado. Programem-se para isso. Marque a data. Isso aumenta, inclusive a expectativa!

Ora, as horas de lazer não são planejadas? Por que não encarar o sexo da mesma forma?

Bônus “esquenta”: Mulheres, compre aquela lingerie que ele gosta. Mostre-se empolgada e ansiosa pelo momento que ocorrerá entre vocês. Homens, no dia programado nutra sua esposa de elogios, de afeto e expectativa. Mande mensagens no WhatsApp, coloque bilhetes estratégicos na bolsa dela e nas gavetas que ela mais abre.

 

4. Tarefas domésticas

Brigas conjugais

Não subestime a relevância que a organização da casa representa para a saúde da convivência!

Os cuidados com o espaço em comum podem ser vistos como sinais do nível de compromisso e respeito mútuo.

Se uma das partes se vê incomodada com o acúmulo de funções, naturalmente se sentirá em desvantagem na relação de companheirismo esperada.

Como consequência, surgem as brigas conjugais. Não exatamente pela louça suja aguardando na pia — mas pelo que ela sugere como visão do outro sobre o parceiro.

 

O que fazer para as tarefas domésticas não terminarem em brigas conjugais?

A dica fundamental é não transformar tarefas domésticas em sinônimo de amor.

Claro que cuidar e favorecer o bem-estar da outra pessoa é uma demonstração de afeto.

Mas se for sempre interpretada assim, faltará algo essencial à divisão de tarefas: praticidade.

Espaço de convivência exige manutenção. E se dois adultos compartilham esse lugar, ambos precisam contribuir.

Tudo pode ser feito com extremo carinho, mas é o senso de responsabilidade mútuo que não deve se ausentar.

 

Sugestões
  • Coloque no papel tudo que precisa ser feito na casa
  • Negociem o que cada um vai fazer
  • Separe em colunas o que cada um assumiu como compromisso
  • Coloque a lista num lugar visível, como a porta da geladeira
  • Assinalem cada conclusão de tarefas

 

5. Ciúmes

Ciúmes de amigos, familiares, do celular, de uma pessoa que, presumivelmente, causa atração… O foco varia, mas o sentimento é o mesmo.

Brigas conjugais por ciúmes podem revelar inseguranças, traumas de relações passadas ou meras falhas na comunicação.

 

Como superar as brigas conjugais por ciúmes?

Importa, seja qual for a causa das brigas conjugais, não remoer sentimentos.

Há reclamações a fazer? Então, que elas sejam feitas! Mas com maturidade e isentas de preconceitos.

Exercitem a conversa. Falem sobre suas expectativas. Exponham suas dúvidas e desenvolvam soluções.

Lembre que as brigas conjugais são resultado de pensamentos desencontrados.

Aposte, portanto, na exposição desses pensamentos para descobrir (e solucionar) os pontos de conflito.

Exercitando sinceridade e empatia, o casal só tem a ganhar.

 

 Depois dessa leitura ouça esse episódio do Família 360° Podcast

 

Brigas conjugais: Quais os principais motivos?

Pesquisas indicam que as razões principais da brigas de casais. Elas são:

  • Uso excessivo do celular
  • Frequência de relações sexuais
  • Decisões de compras
  • Divisão de tarefas domésticas
  • Escolhas relacionadas à educação dos filhos
  • Ausência de privacidade (passar um tempo sozinho)
  • Problemas financeiros
  • Jornada de trabalho excessiva
  • Falta de diálogo

 

Brigas conjugais: 10 dicas para manter discussões saudáveis

  1. Resolva um problema por vez
  2. Mantenha o foco num assunto específico (sem generalizações)
  3. Não use o passado para atacar (fixe no presente)
  4. Mantenha a calma — respire e faça pausas antes de responder impulsivamente
  5. Dê espaço para o outro se manifestar (e escute, com real interesse em entender)
  6. Evite gestos como apontar o dedo ou revirar os olhos
  7. Não altere o tom de voz (interrompa a si mesmo ou ao outro se o tom subir)
  8. Proponha soluções
  9. Evite discutir em público e, principalmente, na frente dos filhos
  10. Fale sobre seus sentimentos — não rotule ou tente adivinhar os do seu cônjuge

 

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Até o próximo artigo! 👊

 

 

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